segunda-feira, 30 de março de 2009

Máscaras.

Antes de lerem, saibam que esse post é um tanto quanto pessoal. Se isso lhes irrita, pode ir pulando algumas partes ou até mesmo não comentem. Dessa vez passa.

Passar o fim de semana fora de casa foi mais fácil do que imaginei. Mesmo com meu pai em casa, sem ir trabalhar, eu pude sair tranquilamente todos os dias em quase todos os horários. Mas enfim, não estou aqui pra contar o que aconteceu no fim de semana, nem muito menos contar como foi meu dia. Isso é irritante. Acho que ninguém cria uma merda de blog pra ler o que os outros fizeram no dia. O importante é o resultado do que aconteceu nesse dia ou fim de semana, concordam? Nada melhor que experiências vividas para nos fazer evoluir.

Enfim, depois do fim de semana, no final da noite de domingo pra ser mais preciso, outra máscara caiu. Eu não expliquei a vocês o que considero máscaras né? Vou explicar:

“Máscaras – Formas que o ser humano encontra de conseguir camuflar uma realidade que não lhe é boa, ou camuflar um sentimento ou reação que não quer que os outros vejam.”

E o mundo está cheio delas. Máscaras de bom dia, máscaras de amizades, de carinho. Máscaras de situações, como se fossem muralhas que nos impedissem de ver realmente como é a realidade. Crescemos com elas, e aos poucos vamos derrubando uma a uma. E é incrível como as minhas tem caído com uma velocidade impressionante. Sempre que uma nova máscara cai, eu sinto necessidade de escrever aqui, e isso não é novidade para ninguém. Vocês com certeza perceberam isso. Mas a máscara que caiu nesse fim de semana foi um pouco dolorosa e eu demorei a aceitar que ela caísse.

Preparados para me xingar? Me bater ou linchar? Será engraçado. Esse fim de semana bateu um conhecido Complexo de Inferioridade. É um fato que ando com pessoas bonitas. Sempre andei. Sempre consegui ser amigo de quem eu queria, e não sei se isso é um dom ou uma maldição. O importante é que eu não tenho mais amigos que não sejam bonitos. Todos são lindos, todos tem um brilho ofuscante de beleza. E eu já estava de certa forma acostumado a lidar com isso. Nunca me achei bonito como eles, nunca fui mesmo. Mas pelo menos era “bonito” a minha forma. Mas, como sempre a carência bate mais forte e eu novamente me senti sozinho, como se houvesse aquele estranho vazio de sempre. Eu não entendo a famosa “dor” que as pessoas sentem. O que eu sinto é um vazio e uma vontade de fazê-lo sumir, só isso. Nada de dor.

E eu senti isso demais no domingo. Acho que foi um misto de emoções que me pegou de surpresa. Eu nunca soube exatamente o que sentia em relação a uma pessoa, e nunca soube exatamente o que outras viam em mim para se aproximarem e serem minhas amigas. Só o que sei é que eu sou isso. Amigo. Nada mais. Vejo entrelaces, vejo confissões de tesão. Mas que passam bem longe de mim. Mas uma vez acho que é somente a carência, mas não sei. Muito tempo sozinho faz isso com alguém, mas eu não enxerguei a mais. Eu sei o que vi. E sei que nunca escutei isso para comigo. É, constatar isso foi um belo golpe de chicote no rosto.

Senti necessidade de conversar sobre. Mas, nada adiantaria conversar com alguém. Eu sabia o que dizer a mim mesmo, e foi isso que aconteceu. Conversei, contei, confessei. E escutei tudo que tinha de escutar. Sabia tudo que me diriam, pois já havia me dito isso várias vezes. Mas, de que adiantava aquilo tudo, aquela baboseira toda na sociedade em que vivemos?

Sabe o que me disseram e o que eu sempre disse e digo a mim mesmo? Que devo ser forte. Que eu sou bonito a minha maneira e que eu tenho algo que as outras pessoas não tem. Mas, uma frase se destacou em meio a esse turbilhão, e essa frase não foi minha:

“Algumas pessoas se destacam pela beleza, e outras pela personalidade. As pessoas que se destacam pela beleza só têm a casca, não tem nada por dentro e não conseguem ir mais do que a casca os permitem. Quem se destaca pela personalidade vai longe e nunca pára de crescer. E é isso que você é. Você tem a personalidade, e isso importa. Você é o que você é.”

Sim, eu sei o que sou. Mas, às vezes não valho nada. Quem vale? De que adianta eu poder escrever essas palavras que vocês, leitores deste blog, julgam bonitas, se a maioria as lê, mas não as absorve? De que adianta eu ser politizado se a maioria não é? De que adianta eu ter conceitos, críticas construtivas, palavras amigas, opiniões formadas sobre tudo que conheço se a sociedade não está preparada pra ouvir e aceitar? É isso que eu questiono.

Eu convivo no mesmo colégio a 12 anos da minha vida, e eu digo que é um lugarzinho de merda. Por quê? Porque só existem pessoas que usam a casca. Elas não crescem, elas não pensam, elas fingem que pensam. Elas namoram, dizem que amam umas as outras, só para depois trair e começar outro relacionamento. São todos os mesmos, sempre com os mesmos conceitos, mesmas teorias plagiadas e frases de músicas que todos escutam. E hoje isso não somente coube para o colégio. Coube para o mundo. Eu não vejo mais pessoas diferentes com via antes, eu vejo meninos e meninas. Vejo sexos masculinos e femininos andando por ai. Vejo Martes e Venus. Vejo cascas com genitálias diferentes. E só.

Isso me indignou de tal forma que eu ri bastante depois de constatar isso e dizer em voz alta. Nem mesmo alguns de meus amigos estavam fora disso! Eu fiquei totalmente indignado. Sei que não sou ninguém para julgar o mundo ou as pessoas que nele vivem, mas se a partir do momento que essas pessoas começam a me afetar, creio que posso julgar da forma que eu quiser. Sãos meus pensamentos, e só importam a mim, você que acredite no que quiser.

Essa foi a descoberta de hoje. Que o mundo é um lugar cheio de gente que só sabe ser igual a outras pessoas que já existiram. Os famosos “Wanna Be”. Todos seguindo um maldito modelo que está na modinha. É modinha ser diferente? É modinha ter o cabelo igual das outras meninas? É modinha se vestir todo de preto? O que não é modinha nos dias de hoje. Tudo virou hipocrisia. Tudo virou escrotice (eu nem sei se essa palavra existe, nem gosto muito de neologismo).

Mesmo entendendo que é tudo carência minha afinal, que eu preciso esperar chegar minha hora de encontrar alguém que me ame, eu não sei se ainda estarei lúcido pra enxergar. O mundo não aceita pessoas como eu, e isso tira a lucidez e muitas pessoas como eu. Porque não tirar a minha? Cada dia mais eu quero que essa fase da minha vida acabe logo e comece uma nova. A nova fase que vai me fazer evoluir e fazer com que caia mais dessas Máscaras. A nova fase em que eu irei conviver com gente de verdade, não com essas merdas que se julgam serem pensantes, filósofos só porque conseguem encontrar um treco de uma musica e copiar para seus cadernos e orkuts.

E sim, eu sou fútil também a ponto de falar que eu também quero mais que isso. Que eu quero mais sexo, mais beijos, mais cantadas. É pedir demais? É pecado? Não na minha concepção. E porque isso não acontece? Será que eu sou tão diferente assim? Já me disseram que sou único. Será que é por isso que não tenho par? Por ser único? É, acho que posso me considerar uma daquelas mentes conturbadas porem brilhantes dos séculos anteriores que nunca encontraram ninguém na vida, mas sempre entenderam o funcionamento do amor. Não quero me gabar pelo que disse, mesmo vocês sabendo que sou um puta arrogante. Mas, hoje vocês viram que essa máscara caiu, e essa certeza de que tenho pelo menos uma mente brilhante é que me faz ficar lúcido a cada dia.

E por favor, não tenham pena de mim. Se eu quero ser assim, se eu quero me expressar e ser como sou, tenho de dar minha cara a tapa. Isso é conseqüência minha, e infelizmente prefiro opiniões que me façam crescer com pancadas do que carinhos que amaciem minha face, permitindo que ela seja machucada com mais vigor na próxima bordoada.

E volto sempre a repetir:

"Mundinho de merda em que vivemos, não? Mesmo assim ele não deixa de ser lindo pra mim."

terça-feira, 24 de março de 2009

"Sociedade Remendada"

Hoje, por ventura, enquanto comia, vi Big Brother. Nada pra fazer, então direcionei minha atenção ao programa maldito. Mas, até que me serviu de algo. O participante Max disse uma frase muito boa, cuja eu não me lembro muito bem, mas é parecida com isso:

“As pessoas que tem coragem de se mostrarem como são, acabam sofrendo e sendo recriminadas por aquelas que têm medo de ser o que são, e nos transformam em monstros, enquanto são eles que se mascaram em pele de cordeiro.”

Tá, eu alterei uma grande parte da frase, mas que se foda. Tenho memória fraca mesmo. Mas pelo menos ele disse algo parecido, e me coloquei a pensar que é tudo verdade. Pessoas como ele e eu, que dizem o que pensam e se mostram a sociedade como são acabam sendo os vilões. Só porque temos a coragem de expor defeitos que a maioria quer esconder somos maléficos? Acho isso pouco irritante sabe? Esse tipo de pensamento vindo de uma sociedade toda cheia de remendos. Ah, me poupe! Que atire a primeira pedra quem não quer ser como sempre foi, mas que se mascara por motivos de status e popularidade?

Eu não posso dizer que deixo pra lá tudo que ouço, mas pelo menos eu pouco me fodo pra o que as pessoas dizem por ai sobre mim. Querem me chamar de drogado, bicha, macumbeiro, que chamem! Certa vez disse para uma amiga que passava por um momento de crise no namoro algo que me fez pensar muito depois, e me deixou bastante feliz:

“Eu não posso te julgar só porque você tem uma verdade diferente da minha. Cada um tem uma noção de certo e errado, e essa noção vem de cada um, do que cada um aprendeu na vida e ainda vai aprender. A minha concepção de certo e errado pode ser bem diferente da sua, mas nem por isso você está errada em sua verdade. Siga o que a sua Verdade mandar que é assim que se vive corretamente, não de acordo com os paradigmas da sociedade.”

E não é verdade? O que tem você com a minha vida? Você por acaso é mais correto que eu só porque vai a igreja aos sábados se redimir de pecados que você cometerá no dia seguinte? Você por acaso é mais correto que eu só porque não bebe ou porque não faz sexo com quem bem entender? Isso faz de você uma má pessoa? Um pecador? Acho que não.

Se pra você faz, que pena. Sinto lhe informar que você faz parte da sociedade remendada que a cada ano fica sem linhas pra esconder os rasgos morais que comete. Mas, deixe estar. Logo tua mascara cai, e você vai ver que é muito melhor conviver com o peso de uma hipocrisia sobre si, mas livre para ser o que quiser, do que viver no alto e camuflado, mas escondendo o que sempre foi.

Ps.: Não preciso dizer que o Max dentro do BBB faz parte da “sociedade remendada” né? Ou alguém aqui não sabia que ele é gay?

domingo, 22 de março de 2009



" Minha vida não seria tão intensa e rica sem a fotografia. Ela é tudo para mim, a eletricidade na minha vida, a maneira de me comunicar com as pessoas, de me apaixonar, de dar vazão ao meu descontentamento com o mundo, de articular todos os meus sentidos. Fotografar permitiu que eu expressasse tudo isso e fizesse com que isso tudo tivesse algum significado. " (Nick Knight - Fotógrafo)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Claridade.



Quando acordei hoje não esperava vir parar aqui, agora. Acordei de bom humor, coisa rara em semana de provas (acho que pra qualquer um). O colégio foi ótimo, ri bastante, encontrei amigos, expliquei a matéria pras outras pessoas, às coisas de sempre. Fiz as provas, me sai bem com sempre. Bateu o sinal, desci e encontrei meus amigos lá. Nessa hora tudo já me parecia um tanto quanto confuso. Tenho estado com esse assunto na cabeça a um tempo, e não sei o que fazer. É gente, não sei o que fazer. Logo eu, que sempre sabe o que fazer.
O medo da ilusão é terrível, de fato. Quem aqui não tem medo de se iludir com algo? Mas, creio que o pior é você iludir alguém. Ser iludido pode ser ruim, mas iludir significa que você esta criando algo que mais para frente não servirá para nada. Criar algo que não servirá para nada é algo mais que ruim. É péssimo. Mas, enfim, deixei de lado. Esse não seria um problema a se resolver hoje, seria um problema a se resolver no fim de semana.
Fui para o centro, com amigos claro. Tinha de ir ao banco com meu melhor amigo e fiquei por lá. Ri tanto quanto sempre rio com ele. É incrível como consigo essa façanha tão fácil com ele. É, acho que é tanto tempo juntos que já sabemos como divertir um ao outro só rindo mesmo. O resto é bobagem do meu dia. O importante é que andei horrores e cheguei mais que morto em casa. Como dormi a tarde toda até as 8 para estudar, já estranhei por acordar tão cansado quanto antes.
Um sentimento de vazio começou a se instalar em mim não sei porque. Não interpretei como um sinal do dia, não sei. Estava um tanto quanto grogue para isso.
Depois de ver um filme com o nome de “A Natureza Selvagem”, esse vazio ou aumentou e afrouxou ou diminuiu e afrouxou, mas não sumiu. No filme um garoto desistia de tudo para seguir até o Alasca sozinho, depois de terminar a faculdade. Ele dizia que tínhamos de ver que a vida era muito mais que relações entre pessoas e namoros. Que a natureza fazia parte de tudo, e que ele queria que todos enxergassem a natureza de modo diferente, assim como ele queria enxergar.
A cada pessoa que encontrava, ele conseguia cativá-las de tal forma que todas sequer não conseguiam não amá-lo. Lia livros e a cada livro, ele via que sua história estava ali também, sendo contada em livros que nem eram de sua época. Depois de um certo livro, com certa frase que dizia algo do tipo “amar é conseguir chamar a todas as coisas por seus nomes verdadeiros”, ele quis comer ervas e frutos, pois estava com fome e a dias não caçava algo para comer.
Após ingerir algo venenoso, passou dias vivo, resistindo a morte, e percebendo tudo estava se esvaindo. Ele observava as nuvens deitado de dentro do ônibus, pela janela, em seu saco de dormir e de certa forma agonizando. Estava pálido demais, e seus olhos vermelhos e cheios de lágrimas. Acho que ele não estava triste nem desesperado. Creio que em sua cabeça, ele pensava que valeu a pena. Pois antes de morrer dentro do ônibus abandonado perto de um rio em algum lugar que eu não sei onde (não sei se ele chegou ao Alasca mesmo ou não), ele imaginou como seria reencontrar os pais depois de meses na estrada sozinho. Imaginou-se correndo e os abraçando, e enquanto sorria pela saudade morta, ele observava as nuvens brilhantes atrás da casa e pensou:

“Será que se eu os encontrasse agora, e visse essas mesmas nuvens, eu conseguiria vê-las com os olhos que eu vejo agora? Da maneira que eu as enxergo?”

A pergunta perdeu-se em seus pensamentos da mesma forma que o oxigênio parava de nutrir seu cérebro e seu coração parava de bater. Ficou tudo suspenso no ar, como em rarefeito, e pareceu-me que tudo transcendia. Estranho tal visão não? Eu não achei.
Ele morreu pelo que acreditava, pelo que queria, querendo realizar seu sonho. As palavras que disse para uma das personagens do filme sempre foi uma das minhas frases preferidas: “Se acredita em um sonho, siga-o e nunca desista dele.”.
De certa forma, ele se parecia comigo. Ele procurava o que procuro. Ele buscava uma maneira de felicidade plena, contínua e a 360°. Ele queria poder amar a tudo, buscar a tudo e absorver a tudo com seus olhos, para que nunca deixasse de ter amor dentro de si. Para que fosse o amor, o puro amor. Para que amasse em sua essência. Sim, ele desejava isso em seu âmago semi-livre. E eu também.
Após esse primeiro baque, me vi guardando na cabeça uma cena de Sex And The City, quando uma das personagens que não me lembro o nome agora disse as amigas em seu aniversário de 35 anos:
“Eu realmente amo todas vocês, amo muito mesmo. Mas, me é triste dizer isso, acreditem, eu necessito de um homem que me ame todos os dias. Que me diga Feliz Aniversário de forma especial, da forma que vocês não diriam.”
Aquilo era uma verdade tremendamente pesada, diga-se de passagem. Cabia para mim, claro.
Logo após, sua amiga disse uma coisa que me deu outro baque, e me fez admirar tal série de TV tipicamente americana:
“Talvez sejamos almas gêmeas umas das outras, feitas para amar-nos e sermos amigas para sempre. Homens devem ser nossa diversão constante.”
Sim, eu sei. Estou me contradizendo. Mas percebem como a frase soa melodiosa? Digam. Falem essa frase, se quiserem gritar, gritem. Mas, ela é melodiosa sim. E verdadeira.
Talvez tudo tenha de ser assim, melodioso. Melodia é arte. Arte é vida. Vida é amor. Percebem o ciclo vital ao qual quero me prender? Assim que eu quero viver, assim que eu praticamente vivo. Quero a tudo, e ao mesmo tempo quero o Um. Quero buscar todas as verdades, e ao mesmo tempo quero somente uma verdade, mas que essa seja A Verdade.
Talvez seja assim mesmo, esse negócio estranho que chamamos de vida. E claro, espero poder sentir tudo isso de novo como senti hoje, como sempre senti. Espero todos os dias da minha vida ter em mim uma torrente de emoções que me façam rir, chorar, viver. Assim que me sinto vivo, assim que me sinto completo. Não é preciso que você provoque tudo isso. Tudo vem a você no momento certo, quando você está preparado. Só compreendo o que digo depois de muito tempo vivendo. E espero viver e manter-me lúcido tempo suficiente para aprender a amar tudo e odiar a tudo. Para sentir o que eu chamo de Sentido da Vida que se mostra tão claramente para mim agora. A intensidade.

terça-feira, 10 de março de 2009

Históricamente Falando...


Ontem à noite eu vi um daqueles momentos em que você fala “Porra, isso é o cúmulo cara!”. Coréia do Norte está nesse exato momento movimentando seus exércitos pra uma possível guerra contra a Coréia do Sul. Que coisa mais idiota. É excitante poder comparecer a uma guerra, claro e tenho um espírito bem histórico e vivenciar isso é bem melhor que os velhos conflitos da já-bastante-destruída Faixa de Gaza. Porem, porque disso tudo? A Coréia do Norte vem se tornando uma bela pedra no sapato da ONU, que cada vez mais tem de intervir em decisões do pais comunista.
Se já não bastassem os testes nucleares realizados em subsolo, proibido pela ONU por ameaçar a ordem mundial, ainda me vem essa história de guerra entre Coréias. Fala sério, essa separação tem 56 anos, ocorrida na época da Guerra Fria pelo Paralelo 38 e ainda há diferenças no presente?! Estupidez, esse é o nome. Talvez uma tentativa de reunificação? A força, só se for. E pelo lado da Coréia do Norte. Como um bom amante de história e, de fato posso afirmar, um Historiador sempre a procura de mais, admiro o Comunismo adotado pela Coréia do Norte, Vietnã ou China. A luta moral foi muito poderosa, e talvez por esse motivo mesmo que todos os países citados são o que são nos dias de hoje. Sem o auxilio do povo não existiria o que vemos hoje, esses socialismos e comunismos fortes (ou fracos, Cuba começou a abertura de seu mercado). O fato é que, Comunismo e Socialismo são sinônimos de suor, de força braçal, de luta a favor dos menos favorecidos pelos próprios menos favorecidos com grandes lideres vindos de tal classe.
Mas, e agora? Pra onde foi todo esse vigor? Onde está a força comunista no mundo? Na China, um país com respaldo de grande potência que defende um Socialismo De Mercado, mas oprime a opinião do povo? Já foi época onde existiam um Socialismo e Comunismo melhores. E agora me vem essa merda de possível guerra entre Coréias? Rá, só tenho a rir desses idiotas. Aquecimento global, falta de água potável no mundo, buracos na camada de ozônio não significam nada mais? Tenho pena da Greenpeace que se desdobra em mais de mil membros pra ajudar a concertar uma merda que países que, com certeza deveriam estar à frente de todos esses projetos, fizeram ou fazem. Clube de Roma, Protocolo de Kyoto, Rio-92, Convenção de Biodiversidade, Rio+10. Isso tudo foi só encenação, projeto, ou realmente vamos ter uma melhora global?
Fala sério, eu não estudo o passado do mundo pra ter certeza que o futuro está condenado porque os países não se prestam ao trabalho de obedecer um tratado aqui, um protocolo ali, sempre burlando leis, tomando o nome da ONU para facilitar tudo. Cadê os países desenvolvidos, com toda estrutura e tecnologia ajudando o mundo? Com certeza enriquecer e produção bélica são mais importantes, claro.
Eu estudo a História e a Geografia por amor, para que eu possa entender melhor meu presente e projetar para mim um futuro. E não é esse o futuro que eu quero. O mundo virou um teatro com fantoches, e isso já está ficando cada dia mais monótono.

E antes que eu me esqueça, vai tomar no cu Coréia do Norte, não vem querer foder o juízo de ninguém com uma merda de uma guerra em plena Crise Econômica Mundial que estamos vivendo.

domingo, 1 de março de 2009

"Ah, o século XX. Ah, o giro da grande roda.
Superara os sonhos mais desvairados este futuro. Transformara em tolos os profetas sinistros de épocas passadas.
Eu pensava muito nessa inocente moralidade secular, nesse otimismo. Neste mundo brilhantemente iluminado onde o valor da vida humana era maior do que havia sido antes."

Cru, porém floreado o suficiente para ser doce demais não?

O Vampiro Lestat - Anne Rice, pág. 22