Antes de lerem, saibam que esse post é um tanto quanto pessoal. Se isso lhes irrita, pode ir pulando algumas partes ou até mesmo não comentem. Dessa vez passa.
Passar o fim de semana fora de casa foi mais fácil do que imaginei. Mesmo com meu pai em casa, sem ir trabalhar, eu pude sair tranquilamente todos os dias em quase todos os horários. Mas enfim, não estou aqui pra contar o que aconteceu no fim de semana, nem muito menos contar como foi meu dia. Isso é irritante. Acho que ninguém cria uma merda de blog pra ler o que os outros fizeram no dia. O importante é o resultado do que aconteceu nesse dia ou fim de semana, concordam? Nada melhor que experiências vividas para nos fazer evoluir.
Enfim, depois do fim de semana, no final da noite de domingo pra ser mais preciso, outra máscara caiu. Eu não expliquei a vocês o que considero máscaras né? Vou explicar:
Preparados para me xingar? Me bater ou linchar? Será engraçado. Esse fim de semana bateu um conhecido Complexo de Inferioridade. É um fato que ando com pessoas bonitas. Sempre andei. Sempre consegui ser amigo de quem eu queria, e não sei se isso é um dom ou uma maldição. O importante é que eu não tenho mais amigos que não sejam bonitos. Todos são lindos, todos tem um brilho ofuscante de beleza. E eu já estava de certa forma acostumado a lidar com isso. Nunca me achei bonito como eles, nunca fui mesmo. Mas pelo menos era “bonito” a minha forma. Mas, como sempre a carência bate mais forte e eu novamente me senti sozinho, como se houvesse aquele estranho vazio de sempre. Eu não entendo a famosa “dor” que as pessoas sentem. O que eu sinto é um vazio e uma vontade de fazê-lo sumir, só isso. Nada de dor.
E eu senti isso demais no domingo. Acho que foi um misto de emoções que me pegou de surpresa. Eu nunca soube exatamente o que sentia em relação a uma pessoa, e nunca soube exatamente o que outras viam em mim para se aproximarem e serem minhas amigas. Só o que sei é que eu sou isso. Amigo. Nada mais. Vejo entrelaces, vejo confissões de tesão. Mas que passam bem longe de mim. Mas uma vez acho que é somente a carência, mas não sei. Muito tempo sozinho faz isso com alguém, mas eu não enxerguei a mais. Eu sei o que vi. E sei que nunca escutei isso para comigo. É, constatar isso foi um belo golpe de chicote no rosto.
Senti necessidade de conversar sobre. Mas, nada adiantaria conversar com alguém. Eu sabia o que dizer a mim mesmo, e foi isso que aconteceu. Conversei, contei, confessei. E escutei tudo que tinha de escutar. Sabia tudo que me diriam, pois já havia me dito isso várias vezes. Mas, de que adiantava aquilo tudo, aquela baboseira toda na sociedade em que vivemos?
Sabe o que me disseram e o que eu sempre disse e digo a mim mesmo? Que devo ser forte. Que eu sou bonito a minha maneira e que eu tenho algo que as outras pessoas não tem. Mas, uma frase se destacou em meio a esse turbilhão, e essa frase não foi minha:
“Algumas pessoas se destacam pela beleza, e outras pela personalidade. As pessoas que se destacam pela beleza só têm a casca, não tem nada por dentro e não conseguem ir mais do que a casca os permitem. Quem se destaca pela personalidade vai longe e nunca pára de crescer. E é isso que você é. Você tem a personalidade, e isso importa. Você é o que você é.”
Sim, eu sei o que sou. Mas, às vezes não valho nada. Quem vale? De que adianta eu poder escrever essas palavras que vocês, leitores deste blog, julgam bonitas, se a maioria as lê, mas não as absorve? De que adianta eu ser politizado se a maioria não é? De que adianta eu ter conceitos, críticas construtivas, palavras amigas, opiniões formadas sobre tudo que conheço se a sociedade não está preparada pra ouvir e aceitar? É isso que eu questiono.
Eu convivo no mesmo colégio a 12 anos da minha vida, e eu digo que é um lugarzinho de merda. Por quê? Porque só existem pessoas que usam a casca. Elas não crescem, elas não pensam, elas fingem que pensam. Elas namoram, dizem que amam umas as outras, só para depois trair e começar outro relacionamento. São todos os mesmos, sempre com os mesmos conceitos, mesmas teorias plagiadas e frases de músicas que todos escutam. E hoje isso não somente coube para o colégio. Coube para o mundo. Eu não vejo mais pessoas diferentes com via antes, eu vejo meninos e meninas. Vejo sexos masculinos e femininos andando por ai. Vejo Martes e Venus. Vejo cascas com genitálias diferentes. E só.
Isso me indignou de tal forma que eu ri bastante depois de constatar isso e dizer em voz alta. Nem mesmo alguns de meus amigos estavam fora disso! Eu fiquei totalmente indignado. Sei que não sou ninguém para julgar o mundo ou as pessoas que nele vivem, mas se a partir do momento que essas pessoas começam a me afetar, creio que posso julgar da forma que eu quiser. Sãos meus pensamentos, e só importam a mim, você que acredite no que quiser.
Essa foi a descoberta de hoje. Que o mundo é um lugar cheio de gente que só sabe ser igual a outras pessoas que já existiram. Os famosos “Wanna Be”. Todos seguindo um maldito modelo que está na modinha. É modinha ser diferente? É modinha ter o cabelo igual das outras meninas? É modinha se vestir todo de preto? O que não é modinha nos dias de hoje. Tudo virou hipocrisia. Tudo virou escrotice (eu nem sei se essa palavra existe, nem gosto muito de neologismo).
Mesmo entendendo que é tudo carência minha afinal, que eu preciso esperar chegar minha hora de encontrar alguém que me ame, eu não sei se ainda estarei lúcido pra enxergar. O mundo não aceita pessoas como eu, e isso tira a lucidez e muitas pessoas como eu. Porque não tirar a minha? Cada dia mais eu quero que essa fase da minha vida acabe logo e comece uma nova. A nova fase que vai me fazer evoluir e fazer com que caia mais dessas Máscaras. A nova fase em que eu irei conviver com gente de verdade, não com essas merdas que se julgam serem pensantes, filósofos só porque conseguem encontrar um treco de uma musica e copiar para seus cadernos e orkuts.
E sim, eu sou fútil também a ponto de falar que eu também quero mais que isso. Que eu quero mais sexo, mais beijos, mais cantadas. É pedir demais? É pecado? Não na minha concepção. E porque isso não acontece? Será que eu sou tão diferente assim? Já me disseram que sou único. Será que é por isso que não tenho par? Por ser único? É, acho que posso me considerar uma daquelas mentes conturbadas porem brilhantes dos séculos anteriores que nunca encontraram ninguém na vida, mas sempre entenderam o funcionamento do amor. Não quero me gabar pelo que disse, mesmo vocês sabendo que sou um puta arrogante. Mas, hoje vocês viram que essa máscara caiu, e essa certeza de que tenho pelo menos uma mente brilhante é que me faz ficar lúcido a cada dia.
E por favor, não tenham pena de mim. Se eu quero ser assim, se eu quero me expressar e ser como sou, tenho de dar minha cara a tapa. Isso é conseqüência minha, e infelizmente prefiro opiniões que me façam crescer com pancadas do que carinhos que amaciem minha face, permitindo que ela seja machucada com mais vigor na próxima bordoada.