Quando penso em como eu sou para o mundo de fora, aquele que não está dentro da minha cabeça, penso que tudo é muito diferente. Acho que minha dupla personalidade fica cada dia mais evidênciada, cada dia mais forte devido aos dois mundos existentes em mim. O meu Mundo Interno é aquele em que ninguém pode entrar. Ninguém. Antes, algumas pessoas entravam. antes, uma pessoa tinha acesso total a ele. Mas, agora parece que o interesse nesse mundo não é mais o mesmo, parece que ele não mais está aberto a visitações. Agora sou um dentro de mim, e um fora de mim. O Mundo Externo é o mundo da fronteira. É onde eu convivo com todos, onde eu estou com meus amigos, familiares e etc. É o mundo onde todos fazem parte da minha vida, onde minha segunda personalidade se revela, minha segunda parte.
Não sei exatamente se só tenho duas partes de um só "Junhu" dentro de mim. Só encontrei duas. O Junhu Interno e o Junhu Externo. E vá por mim, ambos não existem pacificamente.
O Junhu externo vocês conhecem muito bem. É realmente tudo aquilo que vocês dizem e vão dizer no link no final da página ("Como Você Me Vê?"). Ele é tudo. Ri sempre, carismático, forte, avassalador mesmo. Eu me considero assim, considero o Junhu Externo assim.
Mas, o Junhu Interno é diferente.
Eu tenho uma amiga que me é especial DEMAIS. Ela talvez não sabia o quanto, mas somos velhos parceiros de blog. Né Jess? rs
Sempre que ela não está bem, eu vou ao seu auxílio. Não porque tenho a necessidade de ajudá-la somente, mas porque a entendo. Sei o que se passa em sua cabeça, o que ela pensa.
E confesso a você Jessica, mesmo que por meio do blog e confesso a muito mais pessoas:
Sim, eu sou um ser humano fraco.
Sim, eu já quis me matar. E não nego que é tentador.
Sim, eu não vivo todos os dias da minha vida felizes. Ao contrário, posso contá-los nos dedos.
Sim, eu já quis e ainda quero sumir. Claro, existem momentos que sim e outros que não. Existe a alternância dos Junhu's
Sim, eu também não tenho controle de meus pensamentos amiga. Muitas das vezes, pensamentos que me enojam escapam de meu controle e eu os penso. Sinto asco, mas penso.
Sim, eu também penso que ficarei sozinho pra sempre.
Sim, eu também quero dormir e nunca mais acordar.
Sim, eu quero somente que essas coisas em minha cabeça passem. Nós dois queremos.
Quero que veja amiga, que ambos temos esses mesmos pensamentos, e não vou lhe dizer que é tudo fácil demais de apagar. Existem pensamentos que persistem por anos aqui. Já tive minha época de suicídios, você sabe. Ela ainda está aqui dentro, mas minha religião me segura em muito mais momentos do que eu possa imaginar.
Eu lutei muito pra conseguir hoje ter forças pra lutar contra mim mesmo. Batalhei para ser forte, ou me fingir de forte para mim mesmo e para os outros. Uma maneira de me auto-afirmar, sabe? Eu lutei e luto pra não perder a lucidez todos os dias da minha vida, porque meus pensamentos são tão traiçoeiros quanto os seus. E eles não me querem bem, eles me querem mal. Muito mal.
Se não enlouqueci ou não morri até hoje, foi por vontade MINHA e por força MINHA. Ninguém em especial pode lhe ajudar nisso. Ninguém pode entrar em sua cabeça e lhe arrancar os pensamentos ruins. Bom, pelo menos não alguém mortal.
Amo meus amigos e sei que sem eles eu não seria metade do que sou, mas eles não podem lhe apoiar para sempre. Eles não são perfeitos, e eu cai no erro de achar que eram. Paguei minhas consequências e ainda pago até hoje, mas continuo caminhando. O que mais posso fazer? Vou continuar caminhando sempre e sempre, porque o que importa é conseguir manter o coração puro e a cabeça vívida.
Eu tento todos os dias amar-me mais, mesmo me achando um merda. Eu tento todos os dias me achar atraente, sexy, extrovertido, sincero, amigo, mesmo muitas das vezes me achando o contrário. Esses pensamentos eu combato desde muitos anos, e vou continuar a combater até que eu gannhe. Até que o Terceiro Junhu vença. Aquele que é uma mistura das coisas boas do Junhu Interno e do Junhu Externo. Aquele que é o Verdadeiro Junhu.
Mas, amiga, eu não vou negar. A pior batalha não é aquela contra o mundo externo. Essa eu sei que venço e não tenho dúvidas, ninguém pode me derrubar. A pior batalha é aquela contra nós mesmos. Somente nós mesmos podemos derrubar-nos. Não tenha duvidas disso. E por favor, nunca desista de si mesma, porque eu não desisti e nunca vou desistir de mim mesmo. E dessa vez eu digo nunca sem receio nenhum.
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ehh.. o fdp do Brog apagou o texto que eu havia comentado antes..
ResponderExcluirMas acho que foi mas ou menos assim:
A gente vive nessa constante luta pelo pior dos nossos problemas: nascemos com nosso maior inimigo entranhado nas próprias veias.
A gente luta [eu, mais o menos] por um terceiro Junhu e uma terceira Jessica que ponha ordem na casa. Como vc mesmo disse, é o que mais se precisa.
Desistir já nem me cabe mais aos pensamentos. Quer dizer..
quando a gente desiste, e deixa nossas oscilações entre o interno e o externo tomarem conta, a cabeça desgasta. O coração desgasta. E pior: a vida desgasta. Ai, como sempre, aquele sentimentozinho fdp: a esperança, se faz renascer dentro da gente, fazendo com que voltemos a 'funcionar'. Ai, quando voltamos à vida, o teto já está quebrado, as paredes por cair e o chão como aquela areia que suga a gente pra dentro, cujo nome eu esqueci. rs Resumindo: a gente desiste e larga tudo por responsabilidade Deles e quando a gente volta, tudo o que construímos já não passa de estilhaços que o tempo esqueceu. Contudo,eu aprendi que desistir é só se for pra sempre, e que se não for, é melhor ficar e lutar, pq lutando, a gente ganha aprendizado, ganha experiência. E mesmo que a gente sofra, a batalha já é nossa pelo simples fato de se manter por cima, encarando o nosso maior inimigo. O comentário anterior estava muito mais interessante e filosófico, acredite. rs
Obrigada, meu amor, por tudo que vc já fez por mim. Essa pessoinha aqui se sente muito mais forte e mais capaz de lutar com vc por perto. Apenas por saber que, onde quer que estivemos, estaremos, juntos, lutando contra tudo isso.
Hoje mais do que nunca eu posso dizer com todas as forças que ainda me restam que eu amo vc, Luiz Carlos Coutinho da Silva Júnior. Vulgo, 'Junhu'.
Obrigada por lutar comigo.
p.s.: a gente vai ganhar essa guerra!
<3